Se por um lado a venda das chamadas “cinquentinhas” aquece o mercado, por outro geram riscos e preocupações a condutores e transeuntes. A facilidade na aquisição e a não obrigatoriedade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e ausência de itens de segurança, são os fatores que tornam as motocicletas de 50cc populares e perigosas.
Com o público alvo majoritariamente composto por adolescentes e idosos, a imperícia de alguns desses condutores tem aumentado o número de acidentes. Em pouco mais de uma hora, o repórter fotográfico Cícero Valério flagrou inúmeros casos de irregularidades. Condutores trafegando na contramão, ultrapassagens proibidas, retornos impróprios e até avanços dos semáforos são casos recorrentes no cotidiano de Juazeiro.
Coibir, ou pelo menos reduzir, esses casos de irregularidades não tem sido uma tarefa fácil. Como as motonetas não dispõe de placas, puni-las, torna-se uma tarefa espinhosa. Para que as mesmas sejam apreendidas só mesmo se houver alguma irregularidade em sua compra, como por exemplo, a ausência da Nota Fiscal.
A alternativa seria a exigência do porte da ACC (autorização para conduzir ciclomotores), porém, a fiscalização é branda neste sentido, mesmo o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) exigindo o uso de equipamentos de segurança.
Arrecadação
Com a ausência do emplacamento, a “cinquentinha” não gera receitas do Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), tampouco do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), uma valiosa quantia que poderia ser revertida para a manutenção da malha viária, por exemplo.
@andrecostab / Site Miséria
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